13/10/18

Vilarinho da Furna, 1979

Estávamos em 1979, oito anos depois das águas terem engolido a aldeia comunitária de Vilarinho da Furna. Nesse ano a albufeira foi esvaziada devido a reparações na barragem de betão. As águas do rio Homem voltaram ao leito primitivo e a aldeia emergiu, então, como um fantasma de si própria, com as suas casas, ruas, portões e terrenos de cultivo demarcados, a par das árvores mortas de pé com os braços erguidos ao céu. No Inverno daquele ano a água voltaria a subir e a aldeia regressaria ao túmulo donde havia despontado, para reaparecer parcialmente nos anos de baixa pluviosidade.









Rio Douro, 2016